sábado, 26 de janeiro de 2013



O que eu vi foi o seguinte: “Ao mestre com carinho” - 
Amigos comecei a jogar botão por influencia do meu tio como já escrevi aqui nestas fileiras, foi ele que me deu os primeiros times, eram os craques da pelota vinham com a foto do jogador, quando tinha contratação nova agente recortava do jornal e pintava de cantina tudo para ter o time sempre atualizado. Depois vinham os Brianezi que eram vendidos nos Shopping, era meu presente preferido. Um dia a ler uma matéria na Placar, eu e meus amigos de Estrelão  descobrimos que os times que jogávamos não tinham nada de oficial, os oficiais eram diferentes, vinham com um furo no meio e eram feitas em duas fabricas. Uma manhã de sábado fui com o meu pai ao Belenzinho atrás de uma delas, fanático que era queria comprar um time para jogar com o botão oficial. Ao chegar fui recebido por um senhor que me mostrou como eram feitos os craques, esse senhor se chamava Lorival, ele me falou também que os botões não eram a pronta entrega demoravam cerca de um mês para ficarem prontos. Confesso que fiquei decepcionado, já planejava meu dia, seria ir a uma papelaria comprar décadry depois recortar o escudo da revista e decorar meu time para a tarde já colocar na mesa, já que aos sábados rolava os rachas no que hoje e o Cisplatina. Vendo minha cara de decepção “seu” Lorival me vendeu um time que estava lá esperando o comprador que não aparecia, era um Brasil de três faixas que tenho ate hoje, um mês depois eu buscava lá meu Fluminense grená.  Já em Socorro quantas tardes passávamos em sua loja olhando as placas, estudando combinações para achar o time perfeito. Quantas e quantas ligações fazíamos para pedir urgência nos times. Ontem nosso mestre completou sua passagem na Terra, deixou família, amigos e uma legião de fãs que ficarão órfãos de sua arte, com todo respeito aos demais fabricantes Lorival era o mestre nesta arte, e fica aqui registrado o meu muito obrigado
Francisco Grispino Junior – botonista do Circulo Militar

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