quarta-feira, 14 de novembro de 2012



Em 1984, meu falecido pai era associado do Canadá Clube, cuja sede fica no bairro do Belenzinho. Lá seria realizado pela primeira vez um torneio de futebol de botão, e meu velho ao saber disso me inscreveu sem ao menos me perguntar se queria participar, pois sabia que as coisas que mais gostava era jogar bola e botão. Aos 10 anos de idade fui eu lá participar do torneio, e de cara fui jogar contra o amigo "Azeitona". Esse era um dos clássicos do "estrelão". Também era a primeira partida dele naquela mesa enorme e que estava em cima de outra mesa de Snooker. Ele alguns anos mais velho levou a melhor já que para nós a maior dificuldade era conseguir alcançar a mesa. O "Azeitona" seguiu no torneio e tornou-se um dos maiores nomes do futebol de mesa: trata-se de Jefferson do Maria Zélia.  Continuei brincando no Canadá Clube até o encerramento das atividades do departamento e me juntei novamente ao pessoal em 1989, agora pelo juvenil do Maria Zélia, em um time que entre tantos contava com Sérgio Nenê. Nesse período acho que minha maior façanha foi quando ganhamos o primeiro Torneio Início promovido pela Federação. Era um time recheado de moleques desconhecidos e na semifinal eliminamos o Palmeiras que já contava com muitos jogadores campeões, tais como: Gil, Rubinho, etc. Em 1994 fui respirar novos ares e tive a honra de jogar no 7 de Setembro, onde sem dúvidas conheci o time mais unido e amigo que participei: Elias, Pinna, Tadeu, André Felipe, Baby entre tantas pessoas fantásticas, e vi que a amizade faz com que o futebol na mesa evolua muito. Em 1996 resolvi parar, pois estava trabalhando, estudando e um verdadeiro boêmio, rsrsrsrs. Voltei apenas na metade de 2010, já casado e, portanto, mais calmo e caseiro, rsrsrs. Voltei por dois únicos motivos: Porque amo jogar e não deveria ter parado nunca, e porque precisava me tratar de síndrome do pânico e encontrei nesse esporte que já conhecia uma forma de me socializar novamente. E posso dizer que foi ótimo esse meu retorno em todos os sentidos. É o esporte ajudando a superar minhas barreiras que são ultrapassadas a cada dia, mas nada disso seria possível se não existissem pessoas como o Mestre Muradian e o grande parceiro Elias Gaba. Pessoas que sempre lutaram para que pudéssemos praticar o que mais amamos. O meu muito obrigado vai a estas pessoas. Hoje sou com muita honra e satisfação capitão da equipe B do Maria Zélia, onde fizemos esse ano um grande trabalho de renovação. E na mesa coloco meu time vitrine do Brasil de 82 fabricado pelo Gesini. Fiz esse time porque entendo que hoje o modelo vitrine é o melhor para se jogar os Opens da Federação. E deu certo porque joguei um torneio com ele e fiquei entre os 8 primeiros colocados no último Super Open realizado em Itú. E escolhi como decoração a seleção de 82 porque foi o time que mais me marcou, que me fez gostar de futebol, e por consequência de tudo que está ligado a esse esporte. Mesmo sendo palmeirense, meus maiores ídolos são; Zico e Falcão, então nada mais justo que homenageá-los com esse time. O meu Brasil de 82 está assim escalado: 2- Leandro / 3 – Oscar / 4 – Luisinho / 6 – Junior / 15 – Falcão / 18 – Batista / 8 – Sócrates / 10 – Zico / 9 – Serginho / 11 – Eder.  Reservas: 7 – Paulo Isidoro 5 – Toninho Cerezo. Agradeço o espaço cedido para contar um pouco do meu caminho no futmesa, onde atualmente possuo 7 times de acrilico e espero fazer grandes partidas e amizades nessa que hoje é a minha maior paixão. Obrigado e abraços

Fabio Roberto – botonista do Maria Zélia

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