Em
1984, meu falecido pai era associado do Canadá Clube, cuja sede fica no bairro
do Belenzinho. Lá seria realizado pela primeira vez um torneio de futebol de
botão, e meu velho ao saber disso me inscreveu sem ao menos me perguntar se
queria participar, pois sabia que as coisas que mais gostava era jogar bola e
botão. Aos 10 anos de idade fui eu lá participar do torneio, e de cara fui
jogar contra o amigo "Azeitona". Esse era um dos clássicos do
"estrelão". Também era a primeira partida dele naquela mesa enorme e
que estava em cima de outra mesa de Snooker. Ele alguns anos mais velho levou a
melhor já que para nós a maior dificuldade era conseguir alcançar a mesa. O
"Azeitona" seguiu no torneio e tornou-se um dos maiores nomes do
futebol de mesa: trata-se de Jefferson do Maria Zélia. Continuei brincando no Canadá Clube até o
encerramento das atividades do departamento e me juntei novamente ao pessoal em
1989, agora pelo juvenil do Maria Zélia, em um time que entre tantos contava
com Sérgio Nenê. Nesse período acho que minha maior façanha foi quando ganhamos
o primeiro Torneio Início promovido pela Federação. Era um time recheado de
moleques desconhecidos e na semifinal eliminamos o Palmeiras que já contava com
muitos jogadores campeões, tais como: Gil, Rubinho, etc. Em 1994 fui respirar
novos ares e tive a honra de jogar no 7 de Setembro, onde sem dúvidas conheci o
time mais unido e amigo que participei: Elias, Pinna, Tadeu, André Felipe, Baby
entre tantas pessoas fantásticas, e vi que a amizade faz com que o futebol na
mesa evolua muito. Em 1996 resolvi parar, pois estava trabalhando, estudando e
um verdadeiro boêmio, rsrsrsrs. Voltei apenas na metade de 2010, já casado e,
portanto, mais calmo e caseiro, rsrsrs. Voltei por dois únicos motivos: Porque
amo jogar e não deveria ter parado nunca, e porque precisava me tratar de
síndrome do pânico e encontrei nesse esporte que já conhecia uma forma de me
socializar novamente. E posso dizer que foi ótimo esse meu retorno em todos os
sentidos. É o esporte ajudando a superar minhas barreiras que são ultrapassadas
a cada dia, mas nada disso seria possível se não existissem pessoas como o
Mestre Muradian e o grande parceiro Elias Gaba. Pessoas que sempre lutaram para
que pudéssemos praticar o que mais amamos. O meu muito obrigado vai a estas
pessoas. Hoje sou com muita honra e satisfação capitão da equipe B do Maria
Zélia, onde fizemos esse ano um grande trabalho de renovação. E na mesa coloco
meu time vitrine do Brasil de 82 fabricado pelo Gesini. Fiz esse time porque
entendo que hoje o modelo vitrine é o melhor para se jogar os Opens da
Federação. E deu certo porque joguei um torneio com ele e fiquei entre os 8
primeiros colocados no último Super Open realizado em Itú. E escolhi como
decoração a seleção de 82 porque foi o time que mais me marcou, que me fez
gostar de futebol, e por consequência de tudo que está ligado a esse esporte.
Mesmo sendo palmeirense, meus maiores ídolos são; Zico e Falcão, então nada mais
justo que homenageá-los com esse time. O meu Brasil de 82 está assim escalado: 2- Leandro / 3 – Oscar / 4 – Luisinho / 6 –
Junior / 15 – Falcão / 18 – Batista / 8 – Sócrates / 10 – Zico / 9 – Serginho /
11 – Eder. Reservas: 7 – Paulo Isidoro 5 – Toninho Cerezo. Agradeço
o espaço cedido para contar um pouco do meu caminho no futmesa, onde atualmente
possuo 7 times de acrilico e espero fazer grandes partidas e amizades nessa que
hoje é a minha maior paixão. Obrigado e abraços
Fabio Roberto – botonista
do Maria Zélia
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